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Mecanismos de toxicidade

 

  A toxicidade do Krokodil pode ser associada à presença da desomorfina, ao uso de agulhas não esterilizadas ou à falta de técnica associada à injeção, mas está maioritariamente relacionada com os reagentes utilizados na produção desta droga, que para além de poderem surgir no produto final, originam produtos altamente tóxicos. Assim, a injeção intravenosa ou subcutânea deste líquido impuro apresenta muitos efeitos tóxicos [1-3].

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Produção caseira de Krokodil

Produção caseira de Krokodil

Produção caseira de Krokodil

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Produção caseira de Krokodil

Fósforo vermelho - a remoção do excesso deste produto não é bem conseguida e então este é parte constituinte do produto final. Está muito associado à rutura de vasos sanguíneos e problemas ósseos, principalmente deformações permanentes no esqueleto facial (ex: osteonecrose mandibular). O mecanismo de toxicidade associado ainda não foi totalmente esclarecido, mas pensa-se que este composto é capaz de induzir a apoptose de osteoclastos, distúrbios na diferenciação de células progenitoras de osteoclastos, distúrbios na atividade enzimática de osteoclastos, destruição da microestrutura do osso (por deposição do fósforo) e, por fim, inibição da neovascularização.

Além disto, o fósforo vermelho sofre modificações durante a síntese, como a transformação alotrópica a fósforo branco (em meio ácido e quente), e estes produtos também são responsáveis pela toxicidade [1,2,4,5]

Ácido iodrídico - é bastante corrosivo, principalmente quando utilizado por via intravenosa [1,2].

Solventes orgânicos e soluções aquosas ácidas - associados aos danos cutâneos típicos e tromboflebites provocadas pelo consumo de Krokodil, que podem culminar em gangrena [1,2].

Solventes orgânicos e bases fortes - responsáveis pelo aparecimento de encefalopatias e outros problemas neurológicos [1,2].

Chumbo (contaminante dos reagentes utilizados) - induz disfunções neurológicas e hematológicas graves por inibição de enzimas que contêm zinco na sua estrutura e provoca também dano renal, hepático e no aparelho reprodutor. A toxicidade neurológica do chumbo está associada a danos no hipocampo, uma zona do cérebro associada à memória e libertação de neurotransmissores como o glutamato, que está envolvido na concentração. Contudo, outros metais como o ferro e o zinco podem provocar estas mesmas complicações neurológicas, se presentes [1,2].

Gás de iodo - é formado durante o aquecimento e pode provocar problemas no sistema endócrino (na tiróide, principalmente) e nos músculos [1,2]

Além disso,

Ações no organismo

Tratamento

Referências:

1. Alves, E. A., et al. (2015). "The harmful chemistry behind krokodil (desomorphine) synthesis and mechanisms of toxicity." Forensic Sci Int 249: 207-213.

2. Katselou, M., et al. (2014). "A "krokodil" emerges from the murky waters of addiction. Abuse trends of an old drug." Life Sci 102(2): 81-87.

3. Grund, J. P., et al. (2013). "Breaking worse: the emergence of krokodil and excessive injuries among people who inject drugs in Eurasia." Int J Drug Policy 24(4): 265-274.

4. Ruck, M. et al. (2005). "Fibrous red phosphorus." Angew Chem 44:7616-9.

5. Matiuk, D.M. (2014). "Krokodil: a monstrous drug with deadly consequences." J addict dis.

Imagens retiradas de: http://time.com/3398086/the-worlds-deadliest-drug-inside-a-krokodil-cookhouse/, a 20-05-2016.

Endereço: 

Rua de Jorge Viterbo Ferreira n.º 228, 4050-313 PORTO, PORTUGAL 

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