Krokodil

A AMEAÇA
Métodos de deteção
A deteção da desomorfina no organismo ocorre, essencialmente, de duas formas [1,2]:
- No sangue, poucas horas após o consumo.
- Na urina, 2-3 dias após o consumo.



A deteção da desomorfina, bem como de outros análogos sintéticos da codeína, pode ser feita por vários métodos já testados, como:
- Cromatografia Gasosa/Espetrometria de Massa (CG/EM), utilizando diferentes agentes de derivatização como TFAA (anidrido trifluoroacético), BSTFA (N,O-Bis(trimetilsilil)trifluoroacetamida) e MBTFA (N-metil-bis-trifluoroacetamida). Este método permite a obtenção do espetro de massa dos diferentes derivados [1-3].
- Cromatografia líquida com deteção por espetrofotometria no UV ou Técnicas de cromatografia em camada fina [1-3].
- Há também descrição de métodos simples de síntese da desomorfina e do respetivo análogo marcado com deutério, utilizando CG/EM como técnica de confirmação [1,2,4].
Atualmente, está a ser desenvolvido um método de SPDE/CG/EM (Solid-Phase Dynamic Extraction/CG/EM), que recorre a agulhas revestidas com um filme de gel de titânio para a deteção de desocodeína e desomorfina em quantidades vestigiais na urina. Este é um método sensível cujo limite de quantificação está entre 1,0-5,0 ng/g e o intervalo de lineariedade é de 5-500 ppb [1,2].
Tolerância e dependência
Referências:
1. Alves, E. A., et al. (2015). "The harmful chemistry behind krokodil (desomorphine) synthesis and mechanisms of toxicity." Forensic Sci Int 249: 207-213.
2. Katselou, M., et al. (2014). "A "krokodil" emerges from the murky waters of addiction. Abuse trends of an old drug." Life Sci 102(2): 81-87.
3. Savchuk, S.A., et al. (2008). Chromatographic study of expert and biological samples containing desomorphine. J Anal. Chem 63:361-70.
4. Srimurugan, S., et al. (2012). A facile and improved synthesis of desomorphine and its deuterium-labeled analogue. Monatsh Chem 143:171-4.