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  3400 a.C. – O povo sumeriano foi o primeiro a identificar e cultivar a papoila (Papaver rhoeas), verificando que esta era capaz de induzir uma sensação de euforia. A partir daqui, esta começou a espalhar-se pela Europa e Ásia, sendo usada para tratamento da dor e várias doenças [1].


  1527 – Paracelsus formulou comprimidos de ópio contendo sumo de citrinos e “quintessência” de ouro para serem utilizados como analgésicos [2].

 

  1803 – A morfina foi pela primeira vez extraída a partir do ópio (líquido espesso que se extrai dos frutos imaturos de várias espécies de papoilas), pelo alemão Friedrich Sertuner. Esta era usada para alívio da dor, ansiedade e problemas respiratórios, mas rapidamente se verificou que causava dependência [3].


  1832 - A codeína foi isolada a partir do ópio [1].


  1853 – Foi inventada a agulha hipodérmica. Isto permitiu que a morfina começasse a ser utilizada em pequenos procedimentos cirúrgicos para tratar a nevralgia [3].


  1874 – A heroína (ou 3,6-diacetilmorfina) foi sintetizada a partir da morfina por Charles Romley Alder Wright e a empresa alemã Bayer. Verificou-se que esta era mais eficaz e menos viciante que a morfina [4].


  1898 – A heroína começou a ser vendida como antitússico. Simultaneamente começou também a ser utilizada ilicitamente por inalação ou injeção, de forma a provocar uma sensação de euforia [4]


  Início do séc. XX – Vários países e organizações internacionais focam-se em controlar a distribuição e utilização dos opioides. Começa a ser usada a terapia de manutenção com opioides contra a dependência a estes [1]


  1916 – Uma vez que uns anos antes a Bayer tinha cessado a produção de heroína devido ao seu uso indevido, cientistas alemães da Universidade de Frankfurt sintetizaram a oxicodona, com o objetivo de que este composto tivesse os efeitos analgésicos da morfina e heroína, mas provocando menos dependência [1].


  1939 – Enquanto se procurava um substituto sintético para a atropina, descobriu-se por serendipismo a meperidina, o primeiro opioide com uma estrutura inteiramente diferente da da morfina [1]


 1942 – Foi produzida a nalorfina (ou N-alilnormorfina), o primeiro antagonista opioide. Este composto é capaz de reverter a depressão respiratória provocada pela morfina e de acelerar a síndrome de abstinência em pessoas dependentes desta. No entanto, tem também ação analgésica [1].


  1946 – Foi sintetizada a metadona, outro composto cuja estrutura não está relacionada com a da morfina, mas que possui propriedades farmacológicas semelhantes. Esta é utilizada clinicamente como substituta da morfina em casos de dependência [1].


  Desde anos 90 - Aumento do uso de opioides contra a dor crónica, assim como a utilização destes para fins não medicinais [1]

Paracelsus

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Referências:

1. Brownstein, M. J. (1993). A brief history of opiates, opioid peptides, and opioid receptors. P Natl A Sci, 90(12): 5391-5393.

2. Roberts, J. R. (2014). InFocus: Eaten Alive by Krokodil: A Disastrous New Drug of Abuse. Em Med News 36(1): 10-11.

3. Ferrari, R. et al. (2012). Risk Factors in Opioid Treatment of Chronic Non-Cancer Pain: A Multidisciplinary Assessment, Pain Management - Current Issues and Opinions, Dr. GaborRacz (Ed.), InTech 20: 419-420.

4. Dinis-Oliveira, R. J., et al. (2012). Clinical and forensic signs related to opioids abuse. Curr Drug Abuse Rev 5(4): 273-290.

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